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INSTRUÇÃO LEONÍSTICA DA REUNIÃO DO LIONS CLUBE DE PASSOS REALIZADA EM 24 DE NOVEMBRO DE 2020

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O trabalho leonístico que traz felicidade?

Um dos ideais do Lions Clube é servir.

E isso é feito através de atividades, ações, amizade e companheirismo que o Lions conseguiu se estender por cidades, estados e países no mundo, conquistando o respeito de todos. Os leões e domadoras se engajam em movimentos beneméritos que fazem diferença para quem é beneficiado e também para quem promove esses benefícios. É que, segundo a ciência, quem realiza atos de caridade também é favorecido, com uma generosa dose de felicidade que o próprio sistema nervoso começa a produzir.

Um estudo desenvolvido pela Universidade de Michigan e divulgado com certa frequência pelo professor Renner Silva, da PUC Minas, aponta que um dos caminhos para o equilíbrio da saúde mental é o voluntariado. Quando nos dedicamos a uma atividade que, muitas das vezes, nos exige “apenas” amor e tempo, nem imaginamos que os grandes privilegiados somos nós, pois também estamos colaborando para a produção de substância que nos proporcionam bem-estar.

O que nos faz sentir felizes são os neurotransmissores da felicidade (serotonina, dopamina, endorfina e ocitocina), que navegam pelo nosso corpo, como se estivéssemos numa verdadeira festa, no que normalmente se transformam todos os eventos do Lions! E de onde vêm? Como são produzidos? Será que essa sensação de plenitude – a energia positiva – é ativada por qualquer estímulo? Na verdade, em um organismo saudável, é o nosso comportamento leonístico que dita o ritmo dessa dança.

Quando damos recursos, tempo e atenção, situações em que fazemos o bem ao próximo, o cérebro entende esse ato como um comportamento gerador desses neurotransmissores. De acordo com a Ciência da Felicidade, no estudo divulgado pelo professor, cinco pilares comportamentais são ativados quando realizamos caridade ou trabalho voluntario, e motivamos parcela da sociedade participar desses movimentos. Vamos a eles:

Propósito — Em uma sociedade na qual uma boa vida equivale a ter um ótimo emprego e adquirir patrimônios, dedicar um momento para visitar um asilo, uma casa lar ou promover reuniões com os deficientes visuais como fazemos em nossa associação RevVer, vai contra o lema “tempo é dinheiro”. Por isso, o primeiro pilar ativado no trabalho voluntário é o propósito. Esse comportamento nos faz sentir útil para o mundo e às pessoas. Essa sensação ao ajudar alguém é tão poderosa que até torna as nossas deficiências menores.

Realizações — Uma vez que estamos envolvidos nessa causa, passamos a dar valor para o segundo pilar: as realizações. Maior parte do tempo, o cérebro automaticamente nos compara aos outros, ainda mais se estamos navegando nas redes sociais. Não importa o quão bom sejamos, ou o que já conquistamos, parece que sempre estamos por baixo. Como consequência, nos tornamos indivíduos mais materialistas. Isso faz com que, de certa forma, desvalorizemos a vida. Essa sensação, porém, não acontece com o trabalho voluntário. Nele percebemos tanto a ausência de terceiros quanto o poder transformador da nossa atitude. O parâmetro de comparação muda totalmente, já que conhecemos pessoas vivendo com tão pouco.

Emoções Positivas — Nesse momento acontece a virada de chave que ativa o terceiro pilar: emoções positivas. Para o professor, é a parte mais incrível desse processo porque envolve gratidão. É quando você se sente grato por tudo o que tem e pela oportunidade de usar essas realizações para ajudar outras pessoas que precisam de apoio.

Presença Plena — Geralmente, quem faz voluntariado sente o tempo passar voando. O comprometimento que a ocasião exige nos leva para o quarto pilar, que é a presença plena, capaz até de diminuir a importância e o tamanho dos problemas. Ficamos tão envolvidos com o “agora”, que não sobra espaço para preocupações futuras – a ansiedade – e nem permite focar nas mágoas, culpas e traumas do passado, que podem nos levar a um quadro de depressão.

Relacionamentos de qualidade — Depois de passar por todas as etapas, chegamos no último pilar da felicidade: os relacionamentos de qualidade. Mais do que nunca, valorizamos essas pessoas em situação de vulnerabilidade porque percebemos o quão difícil é conseguir se manter em pé sem o auxílio de amigos e da família. Esse movimento nos faz, de fato, enxergar quem nos faz bem e torce pela gente, preenchendo nossa mente com muito amor e, claro, felicidade.

Por fim, o professor ensina que, quando alguém chega até ele, em aulas, cursos ou consultorias, perguntando sobre como lidar com determinado problema, ele convida a estabelecer uma rotina de voluntariado. Porque a ciência nos garante que essas atividades colocam os neurotransmissores da felicidade para trabalhar. É tudo uma reação em cadeia. Ao estarmos mais felizes e saudáveis, teremos mais energia, menos emoções e pensamentos negativos. Assim, conseguiremos focar no que é bom e adquirir hábitos que tornem o mundo um lugar melhor, inspirando outras pessoas a fazerem o mesmo.

Caridade, doação e trabalho voluntário são uma poderosa terapia. E o Lions Clube é, além de um grande espaço para exercer o voluntariado, uma reunião de companheiros e domadoras unidos com esse mesmo objetivo: oferecer a ajuda para quem precisa e ter como principal recompensa a felicidade.

Autor: CL Carlos Antonio Alonso Parreira – Associado do Lions Clube de Passos desde outubro de 1995.